Tal como definimos desde o início, a Ucrânia está travando uma guerra de libertação nacional partindo de sua condição de país semicolonial. Por isso objetivamente enfrenta todos os imperialismos e ao sistema capitalista como um todo. E as massas ucranianas – especialmente a classe operária – se chocam cada vez mais com a sua direção política e militar burguesa, pró-imperialista e pró-sionista, que também serve aos interesses dos vários clãs de oligarcas locais. Dois anos após o início da guerra de resistência à invasão e ocupação, as classes exploradas vivem uma experiência dolorosa e enfrentam o grande desafio de superar as falsas ilusões no apoio do “Ocidente” e avançar para a revolução social, embora o significado de “socialismo” para a maioria dos que resistem ao invasor está envenenado pela memória do stalinismo, que degenerou e finalmente derrubou a URSS e que novamente traiu através dos partidos herdeiros do PCUS, como o PCU, PSPU e outros satélites., que em 2014 apoiaram a anexação russa da Crimeia ou atuaram como agentes da invasão e divisão do Donbass. Em suma, a guerra da Rússia contra a Ucrânia já dura 10 anos.