As eleições presidenciais acabam de ser realizadas na França, em 10 e 24 de abril[1]. Como nas eleições de 2017, o segundo turno colocou o presidente em exercício, Emmanuel Macron, contra Marine Le Pen. Um duelo para o qual as pesquisas e a mídia nos preparavam há semanas. Um duelo entre um presidente de direita (ainda que ele se recuse a se apresentar como tal, preferindo se chamar de “progressista”) e sua rival da extrema direita (ainda que este termo seja rejeitado por ela, e que sua campanha tenha sido muito focada em questões sociais, em particular na questão do poder de compra). Um primeiro turno que mais uma vez derrubou tudo o que, em um vasto e bastante confuso pot-pourri, está classificado como de esquerda na política francesa. E o candidato favorito da burguesia e sua mídia, Macron, foi reeleito.