8M | De Trump a Montenegro: tirem as mãos dos nossos direitos!
Em todo o mundo, os direitos pelos quais as mulheres lutaram nas últimas décadas estão a ser atacados pelos seus governos.
Em todo o mundo, os direitos pelos quais as mulheres lutaram nas últimas décadas estão a ser atacados pelos seus governos.
Neste Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, 25 de novembro de 2023, temos de erguer as nossas vozes para denunciar o genocídio praticado por Israel em Gaza e exigir o imediato cessar-fogo.
Quando Luis Rubiales beijou a boca da jogadora Jenni Hermoso, no dia 20 de agosto, nem lhe passou pela cabeça a tormenta que iria desencadear. Afinal, o presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) parecia julgar-se acima do bem e do mal: mesmo antes do beijo, para comemorar a vitória da sua equipa, colocara a mão nos seus próprios genitais – num gesto bastante utilizado para simbolizar a supremacia masculina – em plena tribuna de honra do Stadium Australia, em Sydney.
Neste ano, o 8 de março, data que marca internacionalmente a luta das mulheres trabalhadoras, acontece no contexto de uma crise social que se aprofunda, em todo o mundo e também em Portugal, nas vidas das mulheres.
O Supremo Tribunal anulou o caso Roe vs. Wade, precedente que estabeleceu um marco, em 1972, ao legalizar o aborto nos Estados Unidos. A decisão de 24 de junho não implica o fim da luta, mas apenas o começo. Isso vai se dar a longo prazo, e não vamos parar até que consigamos a justiça reprodutiva para todas.
A cada 8 de Março lutamos pelos direitos das mulheres em todo o mundo, mas este ano, não é mais um ano no calendário. Estamos no terceiro ano da pandemia e essa catástrofe evitável que demonstrou a criminalidade do capitalismo foi e é mais cruel conosco, as mulheres. Sobram motivos que se aprofundam cada vez mais para sair às ruas e lutar contra o machismo e o capitalismo.
A conivência da TVI no recente caso de Bruno de Carvalho no Big Brother Portugal foi um alerta a respeito do quanto a violência contra a mulher continua a ser banalizada em Portugal: a violência de género, para o programa de televisão, foi tratada como um espetáculo apto a gerar audiência e lucro como qualquer outro.
O dia 25 de novembro marca o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. Ainda há poucos dados sobre feminicídio e violência doméstica referentes ao ano de 2021 em Portugal. Entretanto, casos como o escandaloso julgamento de um homem que arrastou a sua mulher pelo pescoço em frente à GNR e foi absolvido do crime de violência doméstica mostram que a violência contra a mulher continua a constituir uma verdadeira pandemia.