Em mais de 170 países, milhões de pessoas foram às ruas no Dia Internacional da Mulher. Apesar da propaganda burguesa, o dia não foi de “festa”. Foi um dia de luta, de greves e de manifestações.
Houve paralisações nos locais de trabalho em resposta ao apelo de uma greve internacional de mulheres. Essas paralisações somaram-se às imensas mobilizações. As manifestações tiveram dois pontos altos: no Estado espanhol (mais de 4 milhões de pessoas) e na Argentina (na manifestação em Buenos Aires houve 700.000 pessoas). Em Itália, houve greve nos transportes. Em Montevidéu, a capital do Uruguai, a manifestação teve 300 mil pessoas. Na capital Paraguaia, Assunção, mobilizaram-se 6.000 pessoas. E houve manifestações até em países dominados por ditaduras teocráticas, como o Irão e a Arábia Saudita, expressando a força do movimento.
O motivo dessa explosão de descontentamento, que está relacionada com a revolta contra os governos capitalistas e os seus ataques a toda a classe trabalhadora, reside no aprofundamento da crise económica internacional, com os seus reflexos políticos em cada um dos países. A galope da crise, aumenta a opressão – um meio usado pela burguesia para dividir e explorar ainda mais a classe trabalhadora – e a violência machista. Os dados são assustadores: uma em cada três mulheres já sofreu violência física ou sexual e um feminicídio ocorre a cada 10 minutos. As mulheres imigrantes, refugiadas e pobres são as mais vulneráveis. E a isso se deve acrescentar os assassinatos de mulheres trans, geralmente não consideradas pelas estatísticas de feminicídios. Este 8 de março, em suma, foi um dia de luta, de raiva, de protesto coletivo. Aqui oferecemos um resumo breve e incompleto de algumas das manifestações do Dia Internacional da Mulher.
Texto originalmente publicado aqui.
Milhões no Estado Espanhol:






Mais de 700.000 pessoas em Buenos Aires:




300.000 pessoas em Montevidéu, Uruguai:


6.000 pessoas em Assunçāo, Paraguai:





Itália:


São Paulo, Brasil:



São Francisco, EUA:


Colômbia:


Mais de 50.000 pessoas no Chile:

Costa Rica:


Istambul, Turquia:

Arábia Saudita:

Hong-Kong, China :

Índia:

Bangladesh:

Paquistão:

Lisboa, Portugal:

