Internacional

Rainha Isabel II: ao serviço do capitalismo e do colonialismo

A morte da rainha Isabel II, aos 96 anos e 70 anos depois da sua subida ao trono, foi acolhida por amplos setores da sociedade britânica com comoção e tristeza. A cobertura mediática globalizada das cerimónias fúnebres terá sugerido aos espetadores fora das fronteiras do Reino Unido uma sensação de pertença à comunidade dos súbditos de sua majestade. Todavia, para os trabalhadores e para os povos de todo o mundo fora, a herança do seu reinado é outra…

A NOSSA CLASSE Internacional

Primeiras impressões do 2.º comboio de ajuda internacional de trabalhadores à resistência ucraniana

O nosso camarada Alfredo do Estado Espanhol, líder do sindicato Co.Bas em Madrid e militante da Corriente Roja, fez parte do segundo comboio de ajuda internacional de trabalhadores à resistência ucraniana, que tem estado na região ucraniana de Kryvyi Rih nestes dias, transferindo apoio moral e político à resistência dos trabalhadores contra a invasão militar de Putin. Publicamos hoje algumas primeiras considerações desta experiência sob a forma de uma crónica:

Internacional

Abaixo a “mobilização” forçada e os “referendos” de Putin. Redobrar o apoio à resistência ucraniana!

O avanço das tropas ucranianas na região de Kharkov pressupõe uma reviravolta importante na guerra de Putin: a ocupação rápida e “fácil” através das “forças especiais” e mercenários foi derrotada. A resposta de Putin: impor um falso referendo sob as botas e os fuzis das tropas ocupantes e decretar o recrutamento forçado na Rússia! É uma reação a esta derrota. Se, na Ucrânia, urge a tarefa de boicotar e obstruir a realização do falso referendo, não menos importante é redobrar o apoio militar à resistência ucraniana para que continue a ofensiva: Armas para a resistência ucraniana!

Internacional

Um novo governo antioperário está a ser preparado: vamos construir a oposição de classe!

As eleições para o parlamento burguês não reservaram muitas surpresas, confirmando substancialmente as pesquisas eleitorais, embora com algumas diferenças sobre as quais depois buscaremos dizer algo. A coligação de direita, impulsionada pelo resultado de Fratelli d’Italia [os Irmãos da Itália], obtém uma sólida maioria de cadeiras, para isso Giorgia Meloni será a responsável por formar um governo que, salvo surpresas que parecem muito improváveis, continuará a composição da coligação.(1)

Internacional

Angola: entre a ditadura e a revolução

As eleições gerais angolanas do passado dia 24 de Agosto surgem num momento em que o país está imerso numa profunda crise. Após quase 47 anos de independência e de domínio do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), a população jovem, urbana, trabalhadora, pobre, não admite mais a continuidade do partido do Presidente João Lourenço (JLo) no poder.

Internacional

“Mulheres, vida, liberdade!”: os protestos no Irãoo como parte de um movimento mais amplo para a justiça de género, social e económica

Em março de 1979, dezenas de milhares de pessoas, na sua maioria mulheres, marcharam em Teerão contra a então nova lei que tornava obrigatório o uso do hijab (o código islâmico de vestimenta e cobertura da cabeça), instituída pela nascente República Islâmica, assim como outras leis que atacavam os direitos das mulheres, particularmente a legislação familiar. Elas cantavam “não fizemos a revolução para retroceder”. A mensagem era clara. As mulheres foram parte da Revolução Iraniana de 1979 por justiça social e económica contra a ditadura do Xá apoiada pelos EUA. Mas a sua substituição por uma nova ditadura, a da República Islâmica, significou a traição dos seus sonhos de libertação.

HISTÓRIA Internacional

Médici, Dom Pedro I, Bolsonaro e o elogio ao autoritarismo

Há exatos 50 anos, o ditador Emilio Garrastazu Médici recebia os restos mortais de Dom Pedro I. Levado do Panteão Nacional Português, em Lisboa, a bordo do navio Funchal, para o que seria um dos maiores velórios da história do Brasil. As reminiscências de Pedro foram levadas a quase todos os estados – exceto Pernambuco, dada a revolta que o falecido ainda causava por lá devido à repressão à Confederação do Equador -, num cortejo fúnebre de 5 meses concluído no Museu do Ipiranga, em São Paulo, onde jaz atualmente. Mas somente a ossada fora digna de frete tão caro e espalhafatoso. Pois este foi o desejo dele próprio deixado em testamento, na véspera de sua morte: que o corpo ficasse no Brasil, mas o coração fosse doado à cidade do Porto.