Com o novo ano vem sempre a esperança de um ano melhor. Infelizmente, o ano novo serve também de pretexto para o Governo PS/Costa (+BE+PCP) aumentar os preços de várias coisas acima da inflação e do aumento do salário mínimo, nomeadamente os preços da eletricidade e da gasolina.
Benefícios para as gasolineiras, sacrifícios para quem trabalha
Apesar de o preço por barril de petróleo se encontrar em mínimos históricos, o/as portuguese/as são dos que pagam combustíveis mais caros no mundo. Vejamos:
28/01/2017
Preço da gasolina: 1,484€/litro
Preço do petróleo: 55$/barril
09/05/2014:
Preço da gasolina: 1,579€/litro
Preço do petróleo: 100$/barril (a última vez em que o barril esteve a 100$, por enquanto…)
Ou seja, o preço do barril de petróleo baixou 45%, mas o preço para o consumidor baixou apenas 6%. A diferença está a ser absorvida pelas gasolineiras, que se comportam como máfias. E enquanto as grandes empresas são beneficiadas, quem trabalha é sacrificado.
No final de 2003, antes da liberalização de combustíveis e quando parte da GALP ainda era do Estado, a gasolina custava 0,95€ (o barril de petróleo rondava os 31$). Desde a liberalização (leia-se: liberdade para as gasolineiras cobrarem o preço que entenderem), os combustíveis aumentaram sempre, com consequências prejudiciais para os trabalhadores/as, que viram aumentar os custos de deslocação (em transporte público ou privado), de bens e de mercadorias.
A realidade mostra que a privatização da GALP e a liberalização do mercado não são do interesse de quem trabalha. O controlo público da GALP e a fixação máxima do preço da gasolina é essencial.
O povo mexicano mostra o caminho
No início deste ano, o Governo mexicano fixou o aumento da gasolina em 0,80€ e liberalizou o mercado de combustíveis num contexto económico difícil, a que se juntam as medidas de Trump/EUA. O povo mexicano saiu à rua em luta para contestar esta injustiça. Se mantiverem a sua luta e esta for bem dirigida serão, certamente, vitoriosos.
Por cá, BE e PCP são cúmplices do governo PS/Costa neste roubo organizado. O Em Luta denuncia este roubo e apela a que se juntem a nós nesta luta. É possível vencê-la!