Internacional

PS e Bloco Esquerda de mãos dadas com regime ditatorial na Guiné!

Foi realizado no dia 29 de janeiro a conferência internacional de Muadem (Madem-G15), Bissau, para assinalar o dia das mulheres Guineenses, devido ao assassinato da heroína Titina Sillá, por mãos do fascismo e colonialismo português.

A conferência contou com participantes do PS, representados pelas deputadas Marta Freitas e Sara Velez, e também do Bloco de Esquerda, representados pela deputada Joana Mortágua.
Madem é um partido fundado em 2018, pelo qual se elegeu o atual presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, apelidado por Bolsonaro de “Bolsonaro de África.


A presença do PS nesta conferência mostra que para os poderosos de Portugal não interessam os supostos valores democráticos que defendem, mas sim a manutenção das relações com esses governos. Tanto o PS no governo, como o presidente da república, Marcelo Rebelo de Sousa, fazem um esforço para dar uma cara limpa ao regime repressor na Guiné, pois não interessa quem está no poder, mas sim (re)colonizar a Guiné para tirar proveitos económicos.
No caso do BE traz uma contradição ainda maior, porque é esta mesma organização política, que grita em voz viva, essas palavras de ordem: Precisamos combater a extrema-direita em Portugal; fascismo nunca mais em Portugal! No entanto na Guiné é parte da tentativa de mostrar uma cara mais suave ao regime repressor que manda espancar, prender os trabalhadores, silenciar os média e tentar assassinar as pessoas com opiniões opostas.
O PS diz que se deve traçar linhas vermelhas ao Chega em Portugal, o BE se coloca no campo do combate à extrema-direita, mas para a Guiné, sim, é normal ir na conferência de um partido onde estão não só estão presentes os dirigentes políticos da burguesia, como são os que governam o país negando a educação e saúde ao seu povo e restringindo as liberdades e garantias, ou seja, com características ditatoriais.
É necessário e fundamental, que os militantes do PS e sobretudo do BE apontem estas contradições às suas direções. Reivindicam o 25 de Abril, que nasceu na Guiné, como um marco que deitou por fora o regime ditatorial fascista em Portugal, mas não entendem que na Guiné, os guineenses também não querem um regime ditatorial.
Exigimos que BE e PS recuem no seu apoio ao partido que sustenta o regime repressor na Guiné! Partidos que dizem combater o “fascismo”, mas no campo internacional somam-se à partidos repressores, não servem para os guineenses, emigrantes e nem para os portugueses.
Viva liberdade!