Nas últimas semanas, os trabalhadores, reformados e população argentina saíram à rua para protestarem contra a reforma das pensões e a reforma laboral do Governo Macri. À semelhança do que tem vindo a acontecer noutros países do mundo, o Governo Macri aumenta a idade da reforma e põe em causa o direito de quem trabalhou uma vida inteira a ter uma reforma digna, ao mesmo tempo que ataca as condições de trabalho daqueles que ainda estão no ativo. Ou seja, perante a crise económica, enquanto protege os lucros milionários de uma minoria – dos patrões e dos imperialistas na Argentina -, apresenta a conta da crise à maioria da população.
Perante a violência dos ataques, os trabalhadores, os reformados, os estudantes, sindicatos e organizações políticas e sociais saíram à rua para defenderem os seus direitos mais básicos e o seu direito a um presente e futuro dignos. O Governo respondeu com a brutalidade policial e a repressão selvagem (inclusivamente sobre idosos) de quem defende uma minoria contra uma maioria que se levanta, procurando intimidá-la. Agora, o Governo quer criminalizar os protestos (já deteve mais de 60 ativistas), quando os trabalhadores e o povo argentino não estão a fazer mais do que defenderem-se da violência social dos ataques.
Para tentar desviar a atenção das suas políticas criminosas e da repressão, o Governo e a imprensa burguesa agora estão a orquestrar uma campanha de difamação contra o PSTU-Argentina e emitiu uma ordem de prisão contra Sebastián Romero, candidato a deputado pela FIT (Frente de Izquierda de los Trabajadores) e conhecido lutador operário e popular, que esteve à frente de reivindicações como o direito à habitação e ao trabalho.
Enquanto Em luta, secção portuguesa da LIT-QI, vimos por este meio repudiar a ordem de prisão e a campanha mediática de criminalização contra Sebastián.
Exigimos a sua imediata libertação e a libertação de todos os detidos e denunciamos a campanha de repressão e difamação contra todos os lutadores que o Governo Macri está a levar a cabo. Exigimos o fim da repressão, já!
Denunciamos ainda a responsabilidade do Governo e das forças de “segurança” sobre qualquer ação que possa ocorrer contra esta organização e os seus militantes.
Expressamos a nossa total solidariedade com as lutas por direitos tão básicos como reformas e trabalho dignos, que são também as lutas que travámos e continuamos a travar no nosso país e em toda a Europa.
Chamamos todas as organizações a ampliarem esta campanha de solidariedade, pois trata-se de defender o direito de todos os trabalhadores – em qualquer parte do mundo – a manifestarem-se e defenderem-se da repressão!